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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Hoje acordei com vontade de escrever. De voltar a contar a um mundo virtual (que não me lê nem conhece) sobre a minha vida, os pensamentos plurais, as idéias malucas.
Minha criatividade vai tão longe às vezes que me assusta. Por vezes, também me faz rir.
Acontece.
Por que eu disse isso? Sei não também. De vez em quando, dá pra viajar bastante em mim só.
Bem... A verdade é que ando com saudade de algumas pessoas - principalmente do papai e da mamãe.
Nunca havia sentido vazio tão profundo como o que senti essa semana com a viagem deles. Ressaltar que EU é que queria estar lá não me vale de nada. Mas eu gosto de lembrar porque eles estão no Sul, que amo tanto.
Casa sem alicerce balança, assusta.
Eles são o meu. E têm sido bem estranho ficar um tanto quanto desestruturada.
Limpar toda a "sujeira" do Clark e ter de lembrar da ração e da água todo dia têm sido desajeitado. Cuidar do irmãozinho caçula e ficar preocupadíssima com a tosse barulhenta dele é um espanto - meu instinto maternal nunca antes despertado. Lavar roupa é mais difícil do que eu imaginava.
Ah. Passar, cozinhar, limpar chão, banheiro, pia, meu quarto, meu corpo, sei muito bem. O problema é lavar a roupa. Só.
Não queria dizer que queimei a máquina de lavar na tentativa. É, disse. Queimei.
Estou com medo da mamy brigar.

Mas estou mais, mesmo!, é com saudade.
Quando ela voltar explico tim-tim por tim-tim.

Saudade do meu pai-herói também. Pensar na falta dele origina quase que um vendaval no meu estômago. Deve ser horrível não ter pai. E falo de PAI mesmo, com todas as atribuições e tribulações. Enquanto que ser filho é tão bom... Hum... Ganhar carinho, dar abraço de 'te amo', receber ligações avisando onde é que os guardinhas colocaram os radáres na Pêssego. 'Cuidado tá filha? O radar hoje tá na subidinha depois do segundo farol, atrás daquelas árvores, sabe? Não corre.' Essas coisas de Pai e Filha.

Enfim. Acho que a vontade de escrever era só um pretexto pra confessar que ainda sou menininha de família, deliciosamente dependente da proteção da mãe e do pai. E que sinto imensa falta deles quando não estão aqui, tão perto de mim.

Volta logo, pai? Volta logo, mãe?
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